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terça-feira, abril 07, 2015

| ENTREVISTA 2007-MAIO | ROCKIN' ON JAPAN






INTRODUÇÃO

A entrevista começou com o entrevistador, Komatsu Kaori (小松香里) perguntando à YUI qual sua cidade natal e data de nascimento.

Ela nasceu em 26 de Março de 1987 (ou a era Showa '62, calendário japonês), em uma cidade chamada Koga (古賀). Sua família se mudou para Shinguu (新宮町) antes que ela entrasse para o ensino fundamental.

Ela não consegue se lembrar da sua primeira memória na vida, mas ela recorda que quando era criança, ela capturou um javali por engano (existe até uma tirinha com a YUPI sobre). Caçando insetos com uma rede, YUI viu um animal que segunda ela parecia um filhote de cachorro próximo ao rio. Ela se aproximou do bichinho e 'Baaaash', o capturou. Foi então que quando ela percebeu que não se tratava de um cachorrinho, e sim de um javali. YUI acha que é difícil para as outras crianças capturar tal porco selvagem, por isso ela considera essa experiência preciosa.

Outra travessura da YUIzinha foi enquanto fugia de casa pela primeira vez. Sua avó morava bem próximo, então, a pequena YUI encheu sua mochila de doces e saiu de casa em direção à casa da avó dizendo "ittekiamasu!" (expressão japonesa pra quem sai de casa), pedalando um triciclo. Algumas senhoras pararam a YUI na frente de um super mercado e questionaram a mãe da YUI sobre o ocorrido, sua mãe respondeu: "Eu vi! Parecia muito perigoso." A pequena YUI estava na rota com grandes caminhões, pedalando na contra-mão. A própria YUI admitiu que era uma criança travessa. Ela apenas queria saber como era fugir de casa sem saber que isso na verdade era algo ruim.
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FAMÍLIA

O entrevistador perguntou se a YUI ia frequentemente ou não à casa de sua avó.
Ela respondeu que sim, sua avó tinha um cão, às vezes YUI passeava com o animal. O seu nome era Gonta, ela deu esse nome ao cachorro por causa de um comercial da época.

Membros da família
Sua família é composta por sua mão e ela. Sobre seu pai, ele não está mais entre elas (NOTA: Não significa que ele *ahem*, apenas... não está entre elas) desde que YUI tinha em torno dos 3 anos de idade. Então quando ela se mudou para Shinguu, só tinham as duas.

Seu pai
Ela não lembra de nada sobre ele porque só tinha 3 anos, nem mesmo seu rosto ou voz ela se lembra. Por outro lado, se sentia curiosa em relação a que tipo de pessoa ele é, se ele é legal/bonito. Parece que seu pai gosta de cantar, sua mãe também, mas sua mãe é um tanto tímida quando se têm várias pessoas olhando. YUI disse que ela nunca ouviu seu pai cantar, mas acha que ela herdou a paixão pelo canto dele.

Quando ela começou a cantar
YUI disse que começou a canter depois de perceber que ela gostava de ouvir canções. Ela prefere ouvir, por isso se lembra da música e canta naturalmente, Sim, por natureza. Quando ela era pequena, ela imaginava as cenas baseada nas letras que ela ouvia, como todo mundo faz por sinal. Por exemplo, a canção “Sotsugyou Shasshin” (Foto da Graduação/Anuário) de Matsuyota Yumi, mesmo sendo uma garotinha ainda, ela era capaz de imaginar uma cena com uma sala de aula com carteiras, um pôr-do-sol, coisas assim. Principalmente porque ela ouvia muitas vezes

O que a YUI achava de sua mãe quando era criança
YUI disse que desde que seu pai se foi, sua mãe esteve ocupadamente sempre trabalhando e cuidando da casa. YUI desde muito pequena, aprendeu a comer só. Algo como espaguete, YUI (eu acho) vai comprar esses matérias baratos para preparar sua própria refeição (risos). Ela até mesmo come repolho (imaginando a YUI comendo um ENORME repolho cru enquanto vê TV *crack crack crack*...)
Falando em repolhos, quando ela era pequena, como ela comia todo o repolho até o fim, era como se um brócolis aparecesse. “Ah, tem um brócolis dentro do repolho!” YUI: Eu me enganei, estava errada naquela época (risos). Eu também fiquei surpresa, “ah, isso tem o gosto bom, WOW!” como se eu tivesse descoberto algo grandioso. Mas agora, pensando nisso, brócolis e repolho são duas coisas totalmente diferentes, eu estava errada.

Por causa dos negócios, YUI nunca teve a oportunidade de ter férias
Quando ela era perguntada se invejava seus amigos quando eles falavam sobre suas respectivas viagens, ela acha que como uma criança, deve ter uma inveja envolvida. Porém, se ela contasse aos seus pais sobre isso, eles provavelmente se sentiriam triste. Como uma criança, de alguma forma ela sabia que havia coisas que não deveria dizer, por isso ela nunca mencionou sobre.

Outra “famosa” pergunta, seu sonho quando estava no jardim de infância
Quando ela ingressou no fundamental 2, ela viu uma foto sua de quando estava no maternal. Todos tinham suas marcas de mãos pintadas, a sua foi feita no seu aniversário. “Eu tenho saudades do maternal~” e trouxe ao presente todas as memóriaz. Na sessões de sonhos, outras garotas escreveram, “Quero ser uma floricultora”, “Quero trabalhar na padaria”.
Mas a pequena YUI escreveu “Eu quero ser o tiozinho que vende Takoyaki.” As pessoas que vendem takoyaki numa van ou algo assim. No fundamental 2, YUI foi perguntada o que tinha de errado com ela, uma vez que ela não poderia ser um garoto e ela riu sobre isso. (Isso está ficando confuso)
A querida YUI mudava de assunto. YUI: Quando eu era pequena, uma vez disse à minha mãe “Me dê um irmã mais velho” (risos). Isso é completamente impossível ainda que eu não entendesse que seria realmente impossível me dar um irmão mais velho naquela época.
Não teria nada de confuso se eu tivesse colocado “Quero ser vendedora de takoyakis”, mas por que eu quis adicionar o “Tiozinho”? (risos) Talvez porque eu vi um tiozinho preparando takoyakis sozinho toda hora, permanecia em fazer isso, só, para fazer deliciosos takoyakis. Ele parecia solitário, talvez eu adicionei o “tiozinho” porque eu tinha o sentimento de quer ajuda-lo. Eu realmente queria saber porque escrevi isso (risos).

O que mais a YUI pediu à sua mãe além de um irmão mais velho.
YUI: Nós estávamos vendo TV, e tava passando uma luta de sumô. Eu era muito pequena naquela época, então eu vi a luta e lembrei que eu tinha perguntado “Será que saí leite desses peitos?” (risos) Eu disse algo extraordinário, não disse? “明明是男人,爲什麽?” (Ele é um homem, então como pode...?), foi o que pensei naquela época. Como qualquer outros pais, eu acho que eles me deram respostas normais. Pensando agora, é bem engraçado eu ter perguntado aquilo, é surreal. “Não, Eu não acho que vai ser leite dos peitos deles”. Eles respondiam coisas assim (risos). おっぱい (oppai) normalmente usado por crianças quando se referem ao peito.
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ESCOLA PRIMÁRIA


(Desenho da YUI)

Se ela gostava de estudar naquela época ou não
YUI respondeu que ela não era muito boa nos estudos, preferia fazer outras coisas, por isso gostava das aulas de arte, onde ela podia fazer coisas, desenhar e tal. Ela pensou que sendo uma pintora naquela época, seria mais simples já que ela gostava de desenhar. Observando paisagens, animais ou qualquer outra coisa, ela estava lá desenhando. Quando ela estava livre, tomava consigo mesma um pincel e começava a pintar.

Esportes.
YUI parecia gostar de esportes também. Quando ela estava na escola primária, ela jogava queimado, e kickball no resto de tempo. Ela diz que era divertido. E ela lembra que quando nevava e a escola não funcionava, todos iam pra fora fazer batalha de neve. Era muito interessante já que em Fukuoka raramente neva. Foi uma classe ótima. Aparentemente kickball é uma espécie de baseball japonês com pés.

Comportamento da YUI em sala de aula
Ela se considerava uma aluna exemplar, porque não era uma daqueles do fundão que conversam muito e fazem barulho.

Se ela se apaixonou por alguém
Ela não consegue se lembrar de nada assim, ela deve ter gostado de alguém naquela época. Mas, ela não tomou nenhuma atitude. Mesmo sendo isso chamado de “primeiro amor”, aquela pessoal não seria A PESSOA. Talvez um professor da escola infantil, mas YUI não consegue se lembrar deles. Ela acha que não sabia o que era kakkoi (bonito/legal) ou qualquer outra coisa naquela época (risos)

Se YUI sente que ainda continua cantando, naturalmente.
YUI gastava boa parte do seu tempo só em casa, naquela época, então de algum modo, ela canta as músicas que ouve nos CDs ou no rádio, e o tempo apenas se passou tão rápido. Talvez, fazendo isso ela tivesse sido capaz de se distrair, deixando a solidão de lado. Ela não se lembra o que mais cantava, mas ela realmente gostava de memorizar as letras e cantá-las naquela época, ela lembra que decorou muitas. Quando entrou no fundamental dois, YUI lembra que frenquetemente recordava das letras que tinha escrito.

Alguma coisa com a qual ela se divertia fazendo naquela época
Jogar futebol com as crianças vizinhas quando voltava da escolar. YUI disse que muitos deles jogavam futebol, e que eles eram muito bons. Era muito legal. Ela jogava numa quadra na frente da sua casa em Shinguu. Uma enorme quadra de futebol. Você poderia ouvir as vozes das crianças jogando em volta. YUI morava um tanto distante da escola primária, cerca de meia hora andando. Não haviam muitas garotas naquela região, apenas um monte de meninos. Por isso YUI acha que era normal coisas como jogar futebol com os meninos.

Info Extra: O paparazzi da revista chamada FLASH EXCITING entrevistou os vizinhos da YUI daquela época e eles confirmaram a estória sobre jogar com os meninos.

Em pleno verão, era torturante voltar da escola caminhando. 30 minutos era muito, como se a jornada da volta pra casa nunca acabasse. YUI também caminhava de volta com outras garotas que moravam perto. Quando não importava o quão longe elas caminhassem e nunca alcançariam o ponto de chegada (a casa). Elas começavam a pensar coisas do tipo: “E se pudéssemos voar, não seria ótimo? E com certeza chegaríamos em casa mais cedo.”

Como a YUI sempre menciona seu lugar favorite (praia de Shinguu), o entrevistador perguntou se ela ia muitas vezes lá pra tocar quando era mais jovem.
YUI respondeu que sim, ela gostava de colecionar conchas e tal. E tinha um jogo como “Limpe sua parte” acontecendo, todo mundo ia pra praia colher as conchas, YUI voltava pra casa feliz da vida com sua garrafinha de suco. Ela costumava fazer isso muitas vezes. Como era uma atividade anual, ela tinha o sentimento de “O verão está chegando, EBA! Todos os anos.

Todos nós sabemos que a YUI adora ler, mas, e quanto a YUI na época da escolar primária?
Ela gostava de lugares como a livraria, mas ela não lia muito. Naquela época, histórias de terror eram bem populares. YUI: Eu fugia dessas histórias, fechava o livro imediatamente quando lia algo assustador (risos). Mesmo embora eu não demonstrasse o medo com expressões de susto (risos). Eu era uma criança problemática, eu não gritaria GYAAAAAA! Ou algo assim, mas no fundo no fundo eu morria de medo (risos).

Então não há realmente muito 'sentimentos' transbordando de você?
Na verdade, não, eu acho. Eu não fico com raiva algo assim frequentemente.
Isso explica a “falta de expressão” da querida YUI =P

Nem mesmo quando chorava tipo “Waa-” quando se sentia triste?
Não, ah, mas quando eu tirava notas baixas, eu tentava arduamente limpar a sala e quando eu ia jogar o lixo fora, alguém vinha e me fazia o favor de me ajudar. Não tenho muita certeza do porquê, mas eu enlouquecia. Louca como “Eu passei tanto tempo juntando e organizando tudo! Apenas deixe-me terminar por mim mesma!!!!!!” (risos).
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ESCOLA SECUNDÁRIA

No fundamental 2, você estudou numa escolar local?
YUI: Sim. Era uma escolar coeducacional. O uniforme eram aqueles uniformes normais de marinheiros, e nós usávamos uniformes azuis durante o verão.

Você entrou para algum clube?
YUI: Eu entrei num clube de corrida no primeiro ano porque eu adorava corrida. Embora, eu não fosse muito boa em me relacionar com as pessoas e tal. Eu participei de corridas à longa distância e long jump. Eu gostava mesmo de long jump, era muito legal. Então quando entrei no segundo ano, eu pensei que se houvesse algo que eu gostasse de fazer na escola, de alguma forma seria divertido. Então eu entrei pro clube de basquete. Mas eu só fiz durante o segundo ano, era muito difícil me tornar boa no basquete.
YUI: Embora eu ache que isso é mais por causa da experiência de me relacionar com as pessoas. Eu sempre fui verdadeira... não me dava muito bem. Mas na segunda metade do primeiro ano, eu participei de ambos clubes da escola e joguei badminton na mesma época. Era em torno de apenas 300 ienes por mês, então eu entrei. Era mais divertido. Eu ia lá frequentemente mesmo depois de me graduar da escola secundária. Duas vezes na semana, nas quartas e sábados, começava lá pras 3 da tarde. Com o intuito de saber mais e mais sobre badminton, e entre práticas, eu quis me aperfeiçoar dia após dia.

Teve alguém de quem você gostava na escolar secundária?
YUI: De algum modo, acho que tinha. Talvez essa pessoa...talvez tenha pensamentos tipo esse (?). Mas eu não fazia coisas como deixar a pessoa saber ou fazer quaisquer ações positivas. Eu acho que eu só fiz coisas como observá-lo.

Qual era seu interesse na música naquela época?
YUI: Eu acho que gastava muito tempo com isso, além de cantar, eu cantava quando queria. Eu comecei a escrever versos poéticos a partir do terceiro ano, talvez tenha algo a ver com meu interesse em relação à música.

Inicialmente, você apenas escrevia coisas que ouvia, então começava a compôr com suas próprias palavras?
(Parte muito difícil de traduzir..)
YUI: Acho que sim. Quando estava no terceiro ano, de alguma forma comecei a conversar mais com minha mãe, ela uma vez disse que quando ela estava na escola primária, o seu professor recitava os poemas que ela escrevia. Quando eu ouvi isso, pensei: “ Oooh”... Eu devo tentar isso também então.”, e comecei a escrever. Bem, eu sempre gostei de decorar letras e escrevê-las, isso me influenciou também, possivelmente por causa das influências escritas que se tornaram um processo suave. Eu senti que conforme eu escrevia diaries, eu continuaria escrevendo todos os dias. Na verdade eu não tinha ideia do que estava escrevendo. Uma vez que eu tivesse começado, não conseguia parar. Continuei escrevendo até hoje. Sem nenhum senso de desconforto.

No começo não havia nada para fazer com a música?
YUI: Sim. No começo, cantar era só tipo, cantar, nada sério. Embora eu escrevesse coisas num caderninho, e passasse a limpo depois. Ou escrevia o que viesse à minha mente. Quando eu me mudei de Fukuoka Para Tóquio, eu trouxe um monte de carderninhos caso eu quisesse dá uma olhada nisso de novo. A quantidade só fazia crescer, desde que me mudei para Tóquio, isso só crescem. Os únicos que escrevi quando vim à Tóquio foram inclusos em minhas músicas também. Quando eu olho pra eles, eu posso lembrar o que eu senti no momento em que escrevi.

Você lembra do primeiro CD que comprou?
YUI: Eu lembro que foi um CD da Yaida Hitomi, um álbum, a capa era meio vermelha e laranja. Um tio me disse que ia comprar um CD pra mim, eu não conseguia decidir qual comprar. Depois de ouvir muito, escolher o da Yaida Hitomi, e disse “Eu quero este!”, porque o álbum era em japonês, talvez fosse mais fácil de entender, e parecia uma boa escolha. Sim, sendo meu primeiro CD, eu estava muito feliz, eu ouvi e ouvi e ouvi, ouvi muito o disco. E decorei todas as letras imediatamente.

Algumas outras coisas que você tenha participado na escola secundária?
YUI: O que mais fiz foi jogar badminton. Entrei em concursos, participei de torneios por um tempo. Era bem divertido. Eu participei de treinos sérios também. No verão, era uma sensação boa estar toda suada enquanto voltava para casa pedalando minha bicicleta e sentindo o vento no meu corpo à noite. Realmente refrescante (risos).
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Ensino Médio

Na metade da escolar secundária, tenho certeza que as pessoas em volta começaram a pensar sobre suas futuras carreiras e caminhos que desejariam trilhar, quanto você, o que pensava?
YUI: Pra mim…. Eu não poderia prever como seria meu future, eu acho que me tornei muito ansiosa em relação à isso. E então eu entrei no ensino média por uma prova de admissão. Era bem difícil ir e vir também. Então, eu ouvi a respeito de lugares baratos com ensino à distância, então eu decidi por mim mesmo fazer ensino à distância. Embora eu esperasse profundamente ser aprovada numa escola de ensino médio. Por isso eu disse que no último minuto optei por ensino à distância. Claro que seus pais gostariam que você fosse para uma escola, isso não tem nada a ver com dinheiro ou qualquer outra coisa, porque eles meio que têm sentimentos de querer te enviar pra lá. Embora tivesse sido eu que sugeriu isso, eu meio que achava que eles quisessem me mandar pra lá. Sabendo disso, eu escolhi o ensino à distância. Mas eu queria ir pra uma escolar, eu pensava. Então, eu entrei para uma escola privada de ensino médio para garotas.


Você decidiu ir à escolar no último minuto, por quê?
YUI: Quando eu estava no terceiro ano do fundamental, eu acho que isso era de um jogador de futebol, numa revista, livro ou algo assim, seu comentário estava nele. “Nós temos que valorizar os encontros enquanto somos jovens, e é importante falar com o máximo de pessoa possíveis.” Era isso que estava escrito. Ele é bem famoso e tem esse poder de persuasão. Aquilo me chamou atenção. No final, é realmente importante conhecer pessoas. Eu pensei. É como se, ter interesse em encontrar pessoas ou algo assim. Eu pensei que seria uma perca de tempo usar o ensino à distância, eu perderia a chance de me envolver com as pessoas. Por isso, eu disse “Quero ingressar numa escolar de ensino médio”, e tinha decidido que iria pagar as taxas escolares por mim mesma, como uma condição. Se é ensino à distância, caso o contrário, eu acho que eu deveria ganhar mais se eu apenas trabalhasse um pouco. Mas se eu fosse pra escolas normais, eu entenderia que apenas pagando as taxas não seria o suficiente, e pensei que seria difícil. Por esta razão, mesmo antes de ingressar no ensino médio, eu comecei a procurar por empregos de meio-período. Então eu comecei a trabalhar num restaurante chinês perto da minha casa. Senti que eu tinha que memorizar arduamente as coisas, porque eu entrei nesse restaurante hiper movimentado sem prática alguma. Depois de um tempo, comecei a fazer um cursinho de música, por outro lado, desde que eu frequentasse mais a centro do que a minha cidade, comecei um emprego de meio-período no centro. Sendo capaz de viajar mesmo por outros motivos. Foi por isso que eu acho que trabalhei por meio ano no restaurante chinês. Mas eu ganhei experiência com isso. Como entregadora, principalmente em servir os clientes. Na escola tinha algo que proibia trabalho em excesso, e nós tínhamos que enviar um formulário em relação ao emprego de meio período.

Ingressando no ensino médio e trabalhando ao mesmo tempo quase todos os dias, fisicamente era bem cansativo, não era?
YUI: Sim, mas entrar na escolar com o próprio dinheirinho suado era algo maravilhoso pra mim. Além disso, tinha o sentimento de dever cumprido. Por isso consegui o prêmio de atendimento perfeito! Eu levei a escola à sério e me diverti.

No meio tempo, considerando a música, e as coisas do seu futuro, o que e como você pensava sobre isso?
YUI: Eu não tinha mesmo tempo para dormir. Dormia uma, duas horas por dia. Foi uma fase bem difícil (risos). Eu senti que por causa disso, o tempo pra mim pensar nessas coisas tinha desaparecido vagarosamente. Eu lembrei de uma vez que estava num trem lotado às 5, 6 da manhã e queria montar uma cama e dormir nela lá (risos).


1 ou 2 horas de sono é consideravelmente impressionante.
YUI: Era bem… uma ótima sensação, eu suponho (risos). Mas o meu objetivo principal era: Ir à escola, valorizar cada encontro que tivesse, olhar para o mundo adulto e ganhar novas experiências a partir do emprego de meio-período, isso me motivou muito também. Embora, entre todos esses, tiveram várias coisas difíceis. Depois de tomar meus pensamentos e preocupações seriamente, eu fui capaz de olhar para as coisas com novos olhos. E entendendo que eu deveria trabalhar mais duro. Eu recebi um monte de críticas no trabalho, era inevitável, mas, através disso, eu percebi que nós não podemos esperar ajuda das outras pessoas pra sempre, ou ter o pensamento de que alguém sempre vai nos dar tudo na boquinha. Nós temos que tomar responsabilidades sobre cada ações que fazemos. Isso foi o que mais senti. Eu realmente aprendi muito daquele lugar, coisa por coisa. Tinham ótimas pessoas em volta, eu acho que aprendi muito em como ser uma pessoa melhor também.
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Desistência Escolar

Claro que houveram vezes em que eu derramei chá nos clientes. Então uma senhora a qual eu respeitava muito na época veio até mim e disse: “Vá em frente e faça alguma outra coisa” abaixando o bule de chá enquanto se desculpava ao cliente por mim. Eu sempre achei que eles fossem adultos maravilhosos olhando os por trás. Eu estava motivada por tal consideração e gentileza também. Eu pensava em melhorar mais e mais, daí eu me esforçava em tudo com o máximo de esforço possível. Pra mim, aquela época se tornou um período benéfico.

Mas ter apenas 2 horas de sono, implica dizer “sem tempo livre”, certo?
Sim, exatamente.

O tempo durante as aulas ou recesso serão...
Eu acabava dormindo boa parte do tempo, ao invés de me sentir-me comunicativa, só adormecia. Era um desperdício, né? Tantas coisas pra fazer. E por não ter tanto tempo, eu até mesmo parei de cantar também. Além disso, entendi isso como uma chance. “Ah, eu nem mesmo canto esses dias...” Eu comecei a ter certos pensamentos. Daí tive uma certeza dentro de mim, “Ah, eu realmente quero cantar.” Uma simples emoção nasceu e gradativamente estes sentimentos foram acumulando-se a certo ponto. Passando de bicicleta pelo campo de arroz no caminho de volta pra casa, depois do trabalho de meio período, eu me inclinava no poste só com um lado do fone ouvindo música e cantando. Depois de fazer isso sempre, ficava com a mente relaxada enquanto chegava a conclusão de que apesar de tudo, eu gostava de música. De fato, coisas que eu gosto me acalmam. Por isso, quando aconteceu de eu pensar sobre meu futuro, coisas como “talvez não exista nenhum caminho musical” vinham à mente. Quando eu pensava isso, de alguma forma se abria uma cratera em meu coração.


Continuar vivendo dessa forma talvez tenha sido a razão pela qual você decidiu sair da escola. Mas como foi o processo como um todo?
Bem, algo assim, porque viver daquela forma, pos um fardo fisicamente. Cerca do fim do primeiro colegial, tive uma gripe que piorou e eu fui hospitalizada. Era pneumonia. De repente todo o meu tempo era gasto no hospital e isso me permitia pensar mais e mais. Isso durou cerca de dois meses. Chegou uma hora em que minha vontade de fazer música ficou ainda maior.

No caminho pra casa do colégio, todos os dias como sempre, parava numa loja de instrumentos e ficava observando os posters de banda recrutando novos membros, eu sempre pensava em me juntar à alguma banda. Eu sempre olhava os violões também. Eu uma vez fiz contato com uma das bandas. Na verdade me encontrei com eles pedindo pra entrar umas duas vezes, talvez eu fosse muito nova em termos de idade além de eu achar que aquilo dificultaria as coisas mais ainda, nunca recebi nenhum tipo de incentivo.

A vontade de fazer música cresceu enquanto eu estava hospitalizada, foi acumulada também, e de alguma forma se tornou mais forte, foi aí em que eu pensei em largar a escola. Além disso, estava passando por problemas financeiros. Não importava o quão duro eu dava para pagar as taxas escolares, nunca era o suficiente, e as contas se acumulavam mais e mais. Isso me preocupou também. Se fosse para me esforçar tanto em algo dessa forma, apenas o sentimento de querer fazer música me tornava mais forte. Se este é o caso, desde que seja possível pra mim equilibrar as duas coisas (escola e música), assim, quando se trata do momento em que eu tenho que decidir qual deles eu realmente queria fazer mais, é claro que eu me senti mais para o sentimento de querer seguir a música.
É a primeira vez que falo sobre isso… uma vez eu participei de uma pequena audição. Eu acho que vi isso num comercial ou algo assim, não tinha ideia da grande proporção que era. Era algo pequeno e aconteceu de eu participar. Eu me inscrevi antes de ter alta do hospital. Me informaram que eu entrei no estágio final quando eu ainda estava no hospital. Já que eu tava melhorando, eu solicitei uma permissão para sair e fui à final da audição. Eu realmente pensei muito se eu deveria ou não seguir a música naquela época, decidi que se eu falhasse largaria a música pra sempre. Não era pela falta de talento daquilo, não importa o quanto você tente, isso sempre será sem sentido, desde que isso é um assunto sério... foi o que pensei. Mesmo embora eu estivesse ainda me recuperando, adivinha só, eu venci a competição. Por isso eu tive isso como prova para convencer a minha mãe e avó, talvez eu deva seguir esta carreira, tal sentimento veio também. E aquilo começou a me motivar. Se não fosse pela audição, provavelmente teria desistido a partir dali. Depois de ter alta do hospital, pensei em tentar o meu melhor para seguir o caminho da música. Com certeza não foi porque me falaram que eu tinha talento mas eles podiam sentir que eu tinha um forte impulso pela música, daí eu me toquei que eu realmente queria seguir o caminho da música apesar de tudo.

Naquela época você ainda não tinha escrito suas próprias músicas, certo?
Uhum, eu não tinha escrito nenhuma canção original. Eu nem mesmo tinha um violão. Naquela época eu cantava músicas japonesas.

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Aprendendo Música


E isso impulsionou sua confiança, não cha? Algo como não ter zero de possibilidade.
É verdade, isso me fez capaz de pensar isso, não era zero. Já que foi no fim do primeiro colegial, supus que foi uma ótima hora. Dessa forma, eu pude convencer meu professor mais fácil em desistir aqui. Claro que meus professores me deram muitos concelhos, eles se preocupavam muito. “Eu não sei muito sobre isso uma vez que segui um caminho normal, mas eu nunca ouvi de ninguém que seguiu o caminho da música ou debutou.” Eles costumavam me dizer isso.

Sua mãe falou alguma coisa?
Ela achava que se eu estava decidida, então isso mostrava o quão mentalmente eu estava preparada, e de alguma forma ela podia sentir meu forte entusiasmo. Ela não disse nada muito severo, ao invés de desaprovar ela disse algo como “Se realmente quer fazer isso, apenas vá em frente com o caminho que escolheu.” Mesmo se ela não tivesse dito nada, eu podia sentir.

Mesmo que você estivesse preparada para este caminho, acho que houve um ponto em que você começou a se perguntar “E agora, qual o próximo passo?”, como foi?
É verdade que houveram dias nos quais eu me preocupava com todas essas coisas. Eu realmente não tinha ideia do que fazer como próximo passo, era como se eu não pudesse ver nada além da escuridão na minha frente. E então eu tive a chance de assistir a um street live (performance de rua). E uma apresentação de bianco nero (ビアンコネロ). Até então, eu raramente ia naquela área da cidade e eu nunca tinha visto nenhum street live antes.

Tinha uma amiga minha que sempre ia ver as apresentações de bianco nero. Quando eu a perguntei se tinha algo pra ir naquele dia, ela me disso que tinha um live. Daí pela primeira vez na vida eu peguei um ônibus para a Estação Hakata, continuava perguntando onde era o lugar, eu estava empolgada equanto descia do ônibus. Aquela menina me guiou e disse “por aqui, por aqui”. Lá eu vi músicos se apresentando nas ruas pela primeira vez. Eu ouvia som de vozes e violões extremamente de perto, eu estava emocionada.

Eu falava sobre este incidente frenquentemente, depois que a apresentação acabou me aproximei da banda bianco nero. Devido ao fato de estar emocionada com a performance, claro que minha curiosidade e o pensamento de “é agora ou nunca”, já que eu não podia de jeito nenhum enxergar outros caminhos, eu achei que naquele momento, eu gostaria de perguntar sobre este caminho o máximo que desse. Daí, como sempre, eu comecei com “konbanwa” e tentei falar com eles, eu consigo lembrar que falei algo como “Eu realmente quero seguir a música, o que devo fazer?” Até aquele momento, eu sabia que existiam escolas vocacionais, eu pensei que não poderia ir porque eu realmente não queria ir pra escola etc. Então, “Não é uma escola vocacional, é um conservatório, se é o que quer dizer” eles me disseram. Depois disso eu tive um pouco mais de tempo extra, mas eu também comecei a ir à me apresentar nos lives da bianco nero. Eu tive a chance de conhecer pessoas do conservatório de música. E então esta pessoa me notou e disse algo “Bem, traga esta garota aqui.” Foi aí que tudo começou.

Esta pessoa é Nishio Yoshihiko, acredito eu. O fundador da Voice music school. Ayaka e Leo Ieiri são dessa escolar também


Por fim eu pude ver qual direção seguir, eu fui capaz de enxergar o que precisava ser feito. Contudo, eu nunca pensei que receberia tanta ajuda deles. Aquele encontro foi de fato muito importante, acredito que possibilitou meu passo no caminho da música. Por isso eu comecei a frequentar a escola de música e desde que fui naquela parte da cidade eu mudei meu trabalho de meio período. Se me lembro direito, primeiro trabalhei num restaurante. Eu pensei, já que é na hora do almoço, não tem problema. Colocando um microfone e algo na minha orelha como isso, tem uma coisa que faz “beep” né? Era muito engraçado. Se apertar com força faz be-be-beep sem parar *risos* Eu comecei minha vida escolar, enquanto recebia o auxílio transporte daquele restaurante.

Com que frequência você ia toda semana?Eu ia tipo, todo dia depois do trabalho. Eu não tinha meu próprio vioção, então peguei emprestado de um amigo e tacava com ele, coisas assim. A partir daí comecei a fazer covers. Ficava empolgada só de dedilhar as cordas, “Que incrível, que som lindo”. Eu lembro que fiquei bem emocionada com isso. E quando eu via pessoas em minha volta parecendo curtir o som de seus respectivos violões, o sinal deles tocando felizes, isso me encantou. Ao invés de ensinar, dizer pra alguém “Eu finalmente posso tocar a acorde F, como soa?” enquanto dedilhava a corda, e obtento comentários como “Está horrível”, nós tínhamos mais desses babacas.
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Composições, Apresentações

...E no meio de tudo, eu pude me sentir querendo aprender mais sobre música, me tornar habilidosa no violão, eu estava muito feliz. Um dia alguém do escolar de música disse que me daria um violão, eu fiquei extasiada. Ter meu próprio violão me fez muito feliz. Aquela pessoa disse também “Um dia você deve perder o interesse e negar isso, eu vou pedir de volta”. Então eu levei o violão pra casa. Quando eu ia praticar em casa, o som era alto, então percebi que não podia tocar em casa. Então eu ia pros campos de arroz ou pro lado do oceano treinar. O corpo do violão não é meio gelado? Deve ser o fato de eu treinar durante o inverno, não tenho certeza. Mas com certeza me acostumarei ao decorrer do tempo. Isso permitia me acalmar. Eu também me sentia segura. Pouco a pouco me tornava melhor no violão, e como havia muitas pessoas em minha volta compondo músicas, eu naturalmente pensei em tentar o mesmo. Eu comecei minhas tentativas em criar uma melodia de acordo com os acordes. Eu não tinha ideia que esta era a forma em cada tom era composto. Então quando eu aprendi, isso teve um grande impacto sobre mim. Eu estava extremamente grata por ser capaz de adquirir tal conhecimento. Eu primeiro dedilharia uma corda, e então de alguma forma consertar o tom que me deu uma boa sensação. Então, como foi fluindo, isso gradativamente se tornou uma melodia que refletiu meu próprio estilo. A partir daí, eu trabalhei em aperfeiçoar os detalhes da música.

A primeira música que você escreveu foi “Why me”, estou certo?
Sim.

Como foi o processo de criação dessa música?
Como foi minha primeira vez tentando combinar uma letra com uma melodia, foi muito estranho. De fato foi mais difícil do que tudo. Eu pensei em me aproximar das pessoas pra conseguir alguns conselhos, mas eu tentei combinar a letra com melodia do meu jeito. Primeiro, a letra de “Why me” foi totalmente em inglês. Na metade do processo eu mudei a letra pra japonês e cantei. Depois de concluir, aquela sensação especial de ter uma canção que pertencia à mim foi incacreditável, e estava simplesmente ultra alegre. A partir daí, se eu estava em casa ou em uma sala vaga no curso, eu trabalhava muito nas minhas composições. Eu tinha contato com a música todos os dias. E então eu compus 2 ou 3 músicas baseadas em meus sentimentos. Ao invés de dizer que eu tenho o jeito das coisas e sabia qual direção seguir, parecia mais que eu criava melodias baseadas nos progressos dos acordes, e assim ia curtindo, e dessa forma mais músicas foram feitas.

Song making session. Picture credits to Reset.

Mesmo agora, você disse que não é muito familiar com coisas como moda ou coisas mais femininas, mas não tem outras coisas que te atraem?
Acho que não. Eu leio livros de vez em quando, mas além isso, não acho que tenha outra coisa. Música foi muito agradável, no bom sentido, eu estava totalmente absorvida pela música. Eu estava feliz com isso (meu conhecimento sobre música) foi lentamente ganhando forma.


Em que época você começou a fazer street lives?
Se não estou enganada, foi depois que fiz “Why me”. Foi treinar minha coragem de performar na frente dos outros. Outros artistas como Bianco faziam muitas apresentações e tinham seus próprios fãs. Então eu pude me apresentar na abertura durante uma performance deles. Foi um bom meio de ganhar coragem. E foi a minha primeira vez fazendo aquilo, eu não tinha a menor ideia de como seria, minha mente apenas travou e eu nem ao menos pude tocar corretamente. Contudo, bianco estava próximo a mim tocando seus violões, e também cantaram o refrão comigo, então de alguma forma eu consegui transmitir minha primeira apresentação assim.

Aproximadamente quantas pessoas estavam lá?Acho que devia ter mais de 20 pessoas. Eles estavam todos espalhados na frente. Por isso estava muito nervosa. Mas como eles eram fãs da Bianco Nero, a atmosfera foi aquecida, então eu fiquei menos preocupada em errar. Depois disso, quando Bianco Nero se apresentava em festivais de verão ou em templos, eu ia com eles e abria seus shows. Depois disso, os tiozinhos que iam pros festivais de verão se aproximavam de mim pra me pedir autógrafos. Nessa parte eu lembro de escrever simplesmente meu nome completo em kanji nas costas deles (lol). Eu pensava se estaria tudo bem em estragar as camisas deles (lol). Essas são boas memórias. Quando comecei a fazer street lives sozinha, escolhi o lugar que conheci o Bianco nero. Naquela época os 4 estavam sentados de pernas cruzadas no chão tocando seus violões, e agora era a minha vez de fazer o mesmo naquele lugar. Tudo começou alí, naquele lugar. A banda estava deslumbrante quando eu os conheci, e como eu continuei me perguntando o que eles viam e que tipo de emoções eles tinham enquanto cantavam, quando eu me apresentei só isso realmente teve um significado especial pra mim.

Me falaram “Um dia você deve perder o interesse e negar isso, eu vou pedir de volta”. Quando eu recebi meu violão

… Inicialmente, voltando ao passado quando o pessoal do nada paravam ou apenas continuavam, eu ficava nervosa, e não sabia o que era o quê. Contudo, nessa época comecei a me acalmar e cantar de forma mais suave. Os artistas de rua deviam ficar nervosos, pessoas que parariam de ouvir acabavam não parando, assim com o pensamento de criar uma agradável e relaxante atmosfera na mente, eu consegui me acalmar. Então uma pessoa parou e começou a ouvir um pouco, e talvez uma outra pessoa também pararia. Era assim que funcionava. Tinha gente que ouvia antes e agora, e nas vezes que as pessoas que também se apresentavam, no caminho de casa, passavam por lá e conversavam um pouco, falavam coisas como “Nossa, está fazendo um live hoje?”

Você sentiu que estava a um passo de alcançar seu sonho de fazer música se apresentando na rua?
Naquela época eu apenas estava simplesmente pensando no presente, eu apenas pensei em aperfeiçoar minhas habilidades com o violão.

Então isso quer dizer que você não pensava seriamente em debutar?
Exatamente. Eu ainda não me preocupava com isso. Quando eu estava apenas começando eu fui à uma audição que alguém da escola me recomendou, e falava sobre debutar. Eu estava simplesmente fazendo coisas que eu gostava daí quando debutar entrou na estória, eu fiquei muito surpresa.

Foi a audição SD da Sony, não foi?
Foi sim.

É uma audição onde muitos músicas fazem seu debut, você não pensou em nada relacionado?Não de primeira. Até então eu não estava almejando por um debut, mas isso foi mais como uma simples audição que eu participaria e eu fui como uma parte (representando) da minha escola. Na audição eu cantei alegremente como de costume. Assim que terminaram as negociações eu comecei a pensar mais sobre as coisas (futuras consequências). Durante aquele tempo, eu peguei um vôo pela primeira vez e vim para Tóquio pela primeira vez. O pessoal da escola ficou preocupado, então eles me acompanharam. Meus pensamentos era tipo “Tem muita gente aqui”, “os prédios são gigantes” conforme ia caminhando olhando pra cima. E se você transportar muita bagagem, os olheiros vão se aproximar de você. Embora eu tivesse essa imagem comigo, eu não fiquei tão surpresa a ponto de pensar “Nossa, então é assim que Tóquio é?” Mas como esperado, ir pra uma lugar totalmente desconhecido e conhecer pessoas que você não conhece nem um pouco é inquietante. Eu foi pra um hall onde tinha gente da gravadora, e a avaliação final aconteceu. Eles permitiram que eu me apresentasse do meu jeito, de pernas cruzadas enquanto tocava o violão. Embora eu fosse dita pra cantar só duas músicas, eu cantei um pedaço de uma terceira. Eu fiz exatamente como fazia nos street lives. Foi por isso que ao invés de enxergar a plateia como avaliadores, eu decidi os enxergar como pessoas que simplesmente pararam alí para me ouvir como nos street lives. Como estava muito nervosa, eu lembrei de como fazia meus street lives e fiz exatamente igual. Memórias de como incrível estava Bianco quando os vi pela primeira vez vieram à tona, e eu quis reproduzir o mesmo sentimento na minha performance. Ao invés de 2, eu cantei duas canções e meia. A música “I know” foi a que compus pouco antes da audição, então era uma música cheia de esperança, eu queria que eles a ouvissem, então eu cantei um pedaço. Mas como eu estava com medo. Talvez eles se irritassem por eu cantar mais de 2 músicas, então eu rapidamente saí do palco antes que eles mandassem eu ir embora ou algo assim (lol). Eu saí sem fazer contato visual com ninguém.

Quando e como as negociações do debut ganharam forma?
Em momento algum foi dito que eu debutaria. Em vez disso, depois das reuniões com a gravadora, eu comecei a fazer várias composições. Então eu meio que vi o que estaria por vir.


 Por um bom tempo, eu estava em Fukuoka trabalhando em composições, e então eu comecei a pensar que talvez eu fosse debutar. Quando me falaram pra ir pra Tóquio, já que haviam muitos coisas com as quais não estava familiarizada, meus sentimentos eram uma mistura de inquietação e ansiedade. Portanto eu gastei boa parte do meu tempo considerando tais coisas.

Como consequência, você teve que ir para Tóquio várias vezes em um mês para a preparação do debut, certo?
Certo, um monte de preparativos estava em andamento. Eu peguei um avião para Tóquio
e então troquei o monotrilho. Quando eu vi Tóquio do monotrilho, me deu uma sensação de descrença. A paisagem de Tóquio vista do monotrilho me deixou uma forte impressão. Então depois di
sso comecei a compor de novo... mas eu acho que estava fazendo sem distrações. Ao invés de dizer que eu estava sobrecarregada de emoções, eu pude me concentrar nas composições.

Você trouxe a tartaruga e peixes dourados que estavam mantendo com você quando se mudou para Tóquio?
Uhum. Por cerca de um ano ou dois antes de me mudar pra Tóquio, ou talvez mais que isso? Eu mesma os comprei. Elas vivem por muito tempo, né? Minha tartaruga por exemplo, ela se tornou inacreditavelmente grande (lol). Mesmo agora eu ainda me pergunto o quão grande ela ainda pode crescer. Eu tive que vir à Tóquio várias vezes por mês pra trabalhar e quando soube que me mudaria pra cá, a coisa que mais pensava era como trazer meus peixes e minha tartaruga (lol). Parece que já houve uma conversa sobre isso. Embora eu só tenha sabido depois. Meus bixinhos que eu trouxe naturalmente e intencionamente pra Tóquio são lamentáveis (lol). Em qualquer caso, durante o perído mais tarde em Fukuoka, para me concentrar na música, eu não estava morando em casa, estava vivendo só. Eu estava focada em compor naquele lugar. Como era um lugar que pertencia à nós, acho que é por isso que eu pensei em trazer meus bixinhos pra Tóquio comigo.

Como foi vir pra Tóquio e interagir com o pessoal da sua atual gravadora e todo o tipo de gente?Eu acho que eu definitivamente estava muito nervosa, então acabava quieta na maior parte do tempo, eu realmente não conseguia interagir. Mas quando meu debut com ‘feel my soul’ foi confirmado como tema do dorama das 9 nas segundas-feiras, começaram os dias em que eu tinha que trabalhar com o produtor do dorama. Claro, a decisão da música como abertura foi feira antes do debut, então aquela época foi muito louca, mas num bom sentido. Naqueles dias eu tive que trabalhar com o produtor do dorama e criar várias melodias por dia. Pela última vez, eu encontrei com o produtor numa sala espaçosa de conferência, levando comigo meu violão, e conversei com ele por 4 horas. Baseado no meu entendimento da conversa, a versão final da música foi criada. Foi a primeira vez que escrevi uma música daquela forma, então desde o início foi bem agitado, e eu estava totalmente envolvida com aquilo. Por isso houveram muitas coisas que eu não pude entender claramente. Todos os esforços, erros, tentativas para ver qual mais se encaixava. Aliado ao fato de que eu tinha que de repente debutar baseado num projeto de grande escala. Embora por um breve momento depois do meu debut, eu continuei me apresentando em street lives, tinha muita coisa acontecendo e acho que isso me tomou tempo de raciocinar e compreender tudo totalmente.

Depois de tudo, tudo aconteceu dentro de um curto espaço de tempo, não foi?Sim, foi num piscar de olhos. Acho que senti um pouco de medo naquela época também. Mas eu acho que medo foi um bo sentimento. Depois de tudo, desde que eu estava numa posição onde eu totalmente não pude entender a situação atual, deve ter havido uma certa quantidade de insegurança e incerteza sobre onde tudo isso ia chegar.

O tema de abertura “feel my soul” para o dorama das 9 da segunda feira é uma música que ilustra as emoções de YUI-san quando se mudou para Tóquio, e é sobre procurar por um raio de luz na escuridão. Para começar a música de grande debut com a frase “Estou cansada de chorar”, que tipo de sentimentos isso continha?

泣き疲れてたんだ 問いかける場所もなく
迷いながら つまずいても 立ち止まれない

Nakitsu karetetan da Toi kakeru basho mo naku
Mayoi nagara Tsumazuite mo Tachi domare nai


Eu estou cansada de chorar. A vida não entrega as respostas.
Eu poderia caminhar e tropelar, mas eu não posso parar.



Foi como um monte de emoções reprimidas de experimentar tantas coisas diferentes. Acho que foi precisamente sobre isso. Eu acho que há vários fatores envolvidos, mas uma parte disso teria provavelmente a ver com a aparente impossibilidade de fazer música no meu futuro à frente da época de quando estava no primeiro colegial, e isso foi muito triste. Parecia que eu não tinha nada na vida.

Qual foi o motivo mais importante que fez você decidir vir à Tóquio e debutar?Primeiro, eu quis ser uma filha prestativa pra minha mãe. Tenho certeza que havia aquele sentiment em mim. Sendo mais específica, quando entrei pro ensino médio, tinha uma surpreendente quantia de dinheiro economizada pra isso. Coisas assim. Eu tinha meio que uma vontade de ser prestativa. Como eu sempre via ela trabalhando duro (pra sustentar a família). E também, uma parte genuína minha amava música. Bianco Nero e todo o pessoal me deram muito apoio, então eu decidi fazer o meu melhor.

Mesmo que eu me perca, a música me ensina muito, e me salva. Acho que isso foi o que me manteve seguindo em frente, me guiando.

Além disso, Bianco Nero foi pra Tóquio por cerca de um ano antes que eu, então eu pensei “Bianco Nero está em Tóquio também, vamos fazer meu melhor!” isso meio que me tranquilizou. Ter um conhecido por perto realmente pode te tranquilizar. Inicialmente eu sentia uma mistura de antecipação e incerteza, mas depois de vir pra Tóquio isso se tornou meio que uma preparação psicológica. Ou determinação. Sendo assim eu estava pronta pra avançar, e foi assim que aconteceu.

Nas suas músicas, mesmo que haja muita escuridão, solidão e tristeza, alguma sempre nos dará um raio de esperança. Qual parte você acha que te fez escrever tais canções?
Não deixar se derrotar pela situação. Quando parecer que você está prestes a ser afetado pelas circunstâncias, se você não tiver forças, você com certeza será derrotado. Resumido, esperança. Não por qualquer situação para superá-la, você precisa ter força de vontade. Sem isso, você definitivamente será incapaz de superar várias coisas. Depois de debutar, muitas pessoas agora estão ouvindo minhas músicas, mas alcançar altas vendas não é na verdade minha verdadeira intenção. Mesmo que tivesse um alvo, antes de realizar isso, se tornaria um ponto de partida. Foi isso que mantive em mente. Mas houveram muitas vezes nas quais eu fui salva pela música. “Música é algo que eu não posso viver sem” foi o que eu disse antes de debutar mas isso ainda se mantém como verdade agora. Mesmo que eu me perca, a música me ensinou muito, e me salvou. Eu acho que foi isso que me manteve seguindo em frente, me guiando.

Amanhã, finalmente você completará 20. Como você descreve os seus 19 de anos vividos?
Como sempre, tocar música é uma parte extremamente vital na vida da YUI-san (referindo a si mesma com tom de humor) (lol). Isso me influenciou bastante.

De fato isso parede verídico.
Acho que sim. Vendo que eu era tão obsecada por música. Embora sem dúvidas tenha havido muitas dificuldades e tentativas. Ainda, precisamente porque isso é algo que eu eu amo que me permitirá a superar todos os obstáculos e estar onde eu estou hoje. Até então, agora eu tenho feito a minha trilha eu mesma, então, de agora e diante eu também espero continuar fazendo isso, enquanto recebo apoio de várias pessoas ao meu redor ou de novos conhecidos, e seguir em frente positivamente com força de vontade.

O novo álbum “CAN’T BUY MY LOVE” é um álbum que contém uma diversidade musical, bem como uma faixa alegre que expressa gratidão a adolescência apesar de haver dificuldades.. Acho que esse álbum reflete como a YUI será nos anos seguintes, acreditando na música, bem como as coisas que vos são queridas como você progride na vida.
Sim, no momento me sinto muito abençoada por ser capaz de fazer música. Espero continuar sendo por um bom tempo e dar tudo de mim pra realizar isto. Espero trabalhar duro e mostrar um verdadeiro lado de mim para todos. Além disso, quero ser capaz de animar as pessoas, colocar um sorriso eu seus rostos e também fazê-los pensar “Nossa, que interessante”. Quero arriscar novos desafios e aproveitar essa nova década.

Sua determinação para isso não será influenciada?
Se for, eu falarei sobre. E me encorajarei. Mas pensar em assistir mais apresentações ao vivo e relembrar o quão tocada eu fiquei quando vi uma performance pela primeira vez, me fará ganhar novas inspirações. E também não querendo mudar, num bom sentido (não sendo obstinada, mas que adere a suas próprias crenças) Eu não quero por exemplo, ir à casa de shows como um trabalho. Eu sempre amei música, então espero manter esta memória de ter visto um live pela primeira vez por muito tempo. Eu também desejo aprender muitas coisas novas de muitas outras pessoas.


Entendo. Muito obrigado por hoje.
Muito obrigada!

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